tag:blogger.com,1999:blog-429898767698330832024-03-05T02:27:45.015-03:00TINOS e DESATINOSRelatos do cotidianoJALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-35035204303589399732012-05-02T14:55:00.001-03:002012-05-02T14:55:38.872-03:00<span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Calibri;"> </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">MINHA
NOSSA VELHA ÁRVORE</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Era o ano de mil novecentos e setenta e muitas coisas
aconteciam no mundo que eu nem me importava, afinal, um menino de dez anos
naquela época só queria jogar bola, quilica, soltar pandorga, brincar de
mocinho e bandido e outras brincadeiras inventadas pelos meninos pobres como
eu. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Estudar sim, não porque eu queria, mas porque o pai
obrigava (ainda bem). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Da antiga Comasa (hoje Costa Cavalcanti) onde eu morava até
a Escola Básica Antônio Ramos “era um pulinho”... não tinha motivos pra não ir.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Detestava as aulas de matemática e religião, mas adorava
as de língua portuguesa, educação moral e cívica, geografia, ciências e outras.<o:p></o:p></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivxbJrow0A2_55YhtYyfDX__3O7-xT42mU5kgTnDHiypn0BksTVBdIEaT66GNCJWVEHNtBGYRVJMOA8YmWmUsvnE_trhiQUT5HjStWTSgu3aLYhxMdDwQdZ6jvo5g33qd6M32thW00Ew/s1600/minha+%C3%A1rvore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivxbJrow0A2_55YhtYyfDX__3O7-xT42mU5kgTnDHiypn0BksTVBdIEaT66GNCJWVEHNtBGYRVJMOA8YmWmUsvnE_trhiQUT5HjStWTSgu3aLYhxMdDwQdZ6jvo5g33qd6M32thW00Ew/s320/minha+%C3%A1rvore.jpg" width="234" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dia vinte e um de setembro daquele ano, a aula de
educação moral e cívica não poderia ser outra senão, irmos pras ruas do
bairro plantar árvores.</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sair pra plantar árvores?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Que legal! Sair da escola por umas horas!...<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Cada aluno da temida Dona Clarinda deveria plantar uma
árvore mais próxima possível de sua própria casa, e lá fui eu, sem entender o
porquê, mas com uma muda de plantinha na mão.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Meu lugar era ali, do lado direito da Avenida Guanabara
entre a minha Rua Alagoas com a Pernambuco.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Todos os alunos da minha classe, cada qual em seu lugar,
plantava naquele dia, uma árvore.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dever cumprido, mas a consciência nem tanto, pois o
divertido era ter saído da sala de aula, coisa rara naqueles tempos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quase quarenta e dois anos depois, eu passo por lá e ela
resistindo ao tempo, aos vândalos e ao progresso, se mostra crescida e
imponente.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A minha nossa árvore hoje é importante pra mim, pra nós.
</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sua beleza altaneira e sua sombra melancólica dão um ar bucólico ao meu bairro.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Hoje, entendendo o porquê daquele plantio e me pego a
pensar e até com um tom de condenação: </span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Menino...deverias ter plantado muitas outras
árvores.<o:p></o:p></span><br />JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-48788442753384563012011-11-18T23:52:00.003-02:002011-11-19T06:31:26.258-02:00ELA CHOROU E EU ACREDITEI!Pasmem!...Eu ví a presidenta Dilma chorando!<br />
Pasmem mais ainda!...E eu acreditei!<br />
Sou apolítico. Não pela política em si, mas pelos políticos (pelo menos os nossos).<br />
Nunca acreditei nessa "gente", ou melhor: Nunca deram-me motivos pra isso.<br />
É decepção em cima de decepção. Não falo dos políticos dos palanques (esses são bons), e sim dos políticos de gabinetes.<br />
Políticos são exterminadores de esperanças, arrogantes, hipócritas! <br />
Eles massacram, humilham e aleijam povos e nações (independente de sigla partidária, se é de direita ou esquerda, se é situação ou oposição).<br />
Hoje, algo estranho aconteceu comigo.<br />
Num noticiário de TV enquanto eu passava o primeiro café da manhã, Dilma apareceu chorando. Ela participava de um evento que eu nem sei de que se tratava, e estavam lá duas lindas crianças que só agora resolvemos chamá-las de especiais, pois são portadoras de síndrome de down. A presidenta durante seu discurso não aguentou e chorou.<br />
Aquela cena balançou meu coração e tive que, pela primeira vêz na minha vida, acreditar que aquele choro de político era de verdade.<br />
Aí eu pensei: Caraca!!!!! Existe um político que chora de verdade! Ela tem coração!<br />
Pra mim, aquela mulher naquele momento transmitiu verdade e sentimento.<br />
Claro que também pensei por uns instantes: Ela tá chorando por que as crianças são filhas dos políticos Romário e Lindbergh Farias e se fossem do Zé da Esquina ela nem se importaria.<br />
Mas, meu coração ignorou isso e se manteve irredutível em acreditar que o choro era de verdade, independente de quem fosse os pais das crianças especiais.<br />
Ela chorou e eu acreditei! Será que estou vendo coisas?.<br />
Será que posso começar a ter um fiozinho de esperança?<br />
Quem chora é porque tem sentimento.<br />
Quem tem sentimento é gente. E gente ama, respeita e doa-se.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjabNmL_mqOKg7UJiAokmB_vFfoJuTQLsdDyJPCLD-8xW56jzHLZYOjhvAwlDsDtUn3ygJVWuFVKx4c1gYqyitQccmPqtu1ZXla508fJFtItFdIes2J9zACBY9-gVNDZaN9wNQOx2CAzw/s1600/chora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hda="true" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjabNmL_mqOKg7UJiAokmB_vFfoJuTQLsdDyJPCLD-8xW56jzHLZYOjhvAwlDsDtUn3ygJVWuFVKx4c1gYqyitQccmPqtu1ZXla508fJFtItFdIes2J9zACBY9-gVNDZaN9wNQOx2CAzw/s320/chora.jpg" width="320" /></a></div>As crianças especiais e o Brasil precisam de gente que chora e doa-se, assim como precisam de gente que acredita em políticos.<br />
Eu vou fazer o possível para ver mais políticos chorando.<br />
Chora mais, presidenta!JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-71673174506071719652011-11-15T19:25:00.002-02:002011-11-15T22:30:20.382-02:00O BABACA (e cara-de-pau) VESTIU VERDE!<div class="post-body entry-content" id="post-body-3959197294919611278"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Um vereador babaca de Itajaí que nunca havia aparecido no Rio do Ouro (nem pra assistir um jogo nem pra perguntar se o Juca tava precisando de alguma coisa para melhorar o único campo de futebol do nosso bairro), domingo na hora da premiação dos vencedores do campeonato amador de futebol 2011organizado pela LID (Liga Itajaiense de Desportos) onde a imprensa tava toda lá, eis que ele surge dentro do gramado junto com as demais autoridades esportivas.</span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">O babaca vestiu um agasalho verde...e saiu na foto. </span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">O Juca tava com razão em ficar irritado. </span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">O Juca (dono do Rio do Ouro) foi extremamente elegante, pois pediu para ele retirar-se do gramado deixando apenas as autoridades esportivas, atletas, dirigentes e imprensa, mas o edil negou-se a sair, como se ele fosse o dono.</span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">O Juca bem que poderia chamar a PM para retirá-lo de lá, mas para evitar vexame,assim deixou.</span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Aproveitador!</span><br />
Xô, raça ruim!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9eGARqUouHKgSIn0QqLI4ISvTLySJd_o7nRvIhEWF2NAoBnMiEY3PfgxJasmG5LZg-Q1437xRwX9gBfJB8mVLAcNh2mKjEfiDzFF3NylLyRQEV8O4TFBhGoupwczEelLbqkTY6ATvVA/s1600/Cara_de_pau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" nda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9eGARqUouHKgSIn0QqLI4ISvTLySJd_o7nRvIhEWF2NAoBnMiEY3PfgxJasmG5LZg-Q1437xRwX9gBfJB8mVLAcNh2mKjEfiDzFF3NylLyRQEV8O4TFBhGoupwczEelLbqkTY6ATvVA/s1600/Cara_de_pau.jpg" /></a></div></div>JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-41369355832126948472011-09-17T03:34:00.001-03:002011-09-21T11:16:46.434-03:00A Ceia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH5rKk918qwbAkKa4TZ-Soo5lkoaNqSW0HfcQ_N2ngOiB3nSCrYn47ZX0QJz20Mx0pjF06cLddaEesTfQ4mNRoKzNec4-S9iGA-rTtXI0xTd-DlrS0xSbnuPWT2DIC8dZ0XTJGzo8DrQ/s1600/aaaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH5rKk918qwbAkKa4TZ-Soo5lkoaNqSW0HfcQ_N2ngOiB3nSCrYn47ZX0QJz20Mx0pjF06cLddaEesTfQ4mNRoKzNec4-S9iGA-rTtXI0xTd-DlrS0xSbnuPWT2DIC8dZ0XTJGzo8DrQ/s320/aaaa.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por volta de mil oitocentos e noventa, Itajaí engatinhava e os recursos, obviamente, eram escassos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fósforo era um.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Contava meu saudoso pai que seus avós moravam nas terras onde hoje localiza-se a igreja do Santíssimo Sacramento e labutavam na lavoura como meeiros, distante oito quilômetros dali.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sua avó se encarregava dos afazeres domésticos, inclusive de manter acesa a chama do fogo do fogão a lenha enquanto seu avô e filhos maiores estavam na roça, caso contrário era muito difícil principiar novamente o fogo, tendo em vista a escassez do fósforo, considerado uma especiaria de luxo para eles.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Numa tarde, por descuido o fogo apagou-se.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Apavorada, pois precisava do fogo para o preparo da ceia, não teve dúvida, colheu um chumaço grande de algodão da própria horta no quintal da choupana, fisgou-o na ponta de uma estaqueta e com uma espingarda, disparou contra o alvo de algodão, obtendo de volta o fogo e assim, reacendendo o fogão.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A ceia daquela noite estava garantida.</span></div>JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-80475374987130111272011-09-16T18:03:00.000-03:002011-09-16T21:53:00.309-03:00A bonequinha da janela<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp_S5gJ2i0BkbJvxUueJJU_5SSEAEKjVVFONEaLkcCOCrv9Fw8YGlQxcZQ4xBOHaMVNGzcLT-iJQLRASQmKYpGCET6d5fykxdmgqxCyng8u6xfzdFM3wjntkGAJDIioQuK62ldefItqg/s1600/bone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp_S5gJ2i0BkbJvxUueJJU_5SSEAEKjVVFONEaLkcCOCrv9Fw8YGlQxcZQ4xBOHaMVNGzcLT-iJQLRASQmKYpGCET6d5fykxdmgqxCyng8u6xfzdFM3wjntkGAJDIioQuK62ldefItqg/s320/bone.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Desde muito tempo ando “cismado” com uma cena que vejo todos os dias quando acordo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Numa velha e estranha casa vizinha a minha, onde raramente se vê o único senhor que nela mora, numa das janelas da frente, há sempre uma bonequinha pelo lado de dentro a espreitar a rua.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Naquela casa não há mais ninguém além daquele senhor que pouco se vê, muito menos uma menina, que justificaria aquela boneca ali.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Já cheguei a me aproximar ao máximo da janela para tentar entender e decifrar aquele enigma. Onde talvez o enigma esteja apenas em minha cabeça, sei lá.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ela sempre está ali, fria, imóvel... e a meu ver, sem razão de ali estar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando passo, olho pra boneca na esperança de buscar um significado.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Muitas coisas já se passaram na minha cabeça... </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">...coisas do tipo: Aquele senhor sozinho devia ter uma filhinha em algum lugar do passado, e deste passado só lhe restou a boneca, ou, aquilo representa a filha que ele não teve e queria ter tido....</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não tenho assim tanta intimidade com aquele senhor para lhe perguntar a razão e assim a dúvida e a curiosidade continuam.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A casa é velha, acabada, sem gente, sem vida...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Talvez a bonequinha na janela esteja ali pra amenizar a tristeza que emana daquele lar. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E não há coisa pior de que um lar triste, sem vida, sem crianças.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando tirarem dali a bonequinha, por certo a casa cairá.</span></div>JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-42989876769833083.post-27712161892877365622011-09-15T16:16:00.000-03:002011-09-15T16:16:02.845-03:00De mala e cuia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmy-4HvohwaUzpIzvCmNhGXfU9vsW-w-KqKAEGuPIDokABu4vMaLjAVZLCcX8p7bfBoZbFfcuXJdXpJqycygFA2bU1q75MQ_VxIUGQWnvqLV3anZTiKEjWM3wljL3IslB8spsF3_sHOA/s1600/DSCF2213.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmy-4HvohwaUzpIzvCmNhGXfU9vsW-w-KqKAEGuPIDokABu4vMaLjAVZLCcX8p7bfBoZbFfcuXJdXpJqycygFA2bU1q75MQ_VxIUGQWnvqLV3anZTiKEjWM3wljL3IslB8spsF3_sHOA/s320/DSCF2213.JPG" width="240" /></a></div><br />
<br />
A imagem aí ao lado não saiu como eu queria, mas a mensagem eu posso explicar: Tratava-se de uma família que estava "fugindo" da enchente que assolou Itajaí agora em setembro/2011. O esposo já estava quase atravessando a avenida de moto carregando trouxas de roupas, filho, bolsas, panelas etc..., enquanto a esposa com os outros dois meninos e o cachorrinho aguardava para atravessar e procurar refúgio na parte mais alta do bairro.<br />
Fiquei pensando: ...com certeza só tiraram o que de mais essencial tinham e o que puderam... e agora devem estar indo para um abrigo da defesa civil, casa de amigos ou parentes...e quando as águas baixarem, eles voltarão pra ver se a casinha ainda estará por lá...<br />
Agora, quatro dias após o término da enchente voltei a pensar neles... “Será que retornaram? A casinha ainda estava lá, Quem era aquela gente?... Será que perderam muita coisa"?<br />
<br />
Me conformei quando conduzi meu pensamento para esta constatação: “Se perderam, logo recuperarão, as coisas por aqui sempre se recuperam, e logo terão tudo novinho de novo..." que bom!.<br />
<br />
Para esquecer isso, ligo a TV ... e a defesa civil está avisando: É possível que em outubro ou novembro tenhamos outra enchente...JALDIR GERALDO CORDEIROhttp://www.blogger.com/profile/01489456728647917200noreply@blogger.com2